prelúdio: estamos muito próximos, mas não o bastante.
[os
postes e suas sombras esguias
rebentam
contra o asfalto quente desvanecendo
o
tempo]
sigo
ao seu encontro
trajeto: você cruzando cada
Estado,
noite após noite sem
nenhum descanso.
o
meio-fio a água turva
percorrendo
valas percorrendo o mar
-
margem
meu
caminho
ao
seu encontro
in finitude: vivemos
em outras pessoas.
vivemos nas coisas.
[o tempo ocupa em riste
farpas ferrugens fuligens
veludo de cinzas
seu leito é sonâmbulo
entre pelos de gato
fios de bulbos variados
escamas & escarpas
desenham seu lençol
antologia de tudo
que forra depois alça depois
, suspenso
, busca novo pouso]
estas veias verdes seivas
são seu ninho
relento: todo caminho, um
desencontro.
todo caminho, um
desencontro...
porque
seriam estes olhos
espelhos
silenciosos?
[seremos
imagens opacas
das
farpas ferrugens fuligens
do
tempo?]
vertigem: em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
em todas as ruas te perco
vejo
você
[delírio
galopante da alcateia fantasma]
sua
imagem lentamente
desvanece
minha
ária dissidente
desvanece
síncope: a colisão colide a
colisão
só
no
subsolo das bocas de lobo
há
uma fresta
entre
o chão a saliva
e
a pena
entre
o muro a urina
e
a tinta
onde
colide
meu
uivo
brava, rita! putaqueopariu!
ResponderExcluirum beijo e evoé!
rafa
que honra!
ResponderExcluiragradecida, querido rafa.
evoé
Parabéns, Rita!
ResponderExcluirGrande poeta, grande poema!
Adorei ouvi-lo/la e agora, interessante que, ao lê-lo, tenho a impressão de ouvi-la/lo novamente.
Ah, estou esperando sua visita lá no escorpiaodesois.blogspot.com
bj
Poeta Luz,
ResponderExcluirSatisfeita em conhecê-lo. Lisonjeada com suas palavras generosas também. Faço minhas.
Fiz inscrição no seu blog pelo feedly porque não tenho google+.
Beijos